quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Medidas da Alerj para afastar o povo não impedem protesto na posse de deputados





Nem mesmo o vergonhoso esquema de segurança montado pela Alerj — que cercou aquela casa legislativa para impedir a entrada da população em suas galerias — evitou que servidores públicos, representantes de movimentos sociais, estudantes, sindicatos, associações de moradores da zona oeste e pacientes do Hospital Estadual Pedro II cobrassem, nessa terça-feira (1/01), solução urgente para os graves problemas de saúde, educação, moradia, emprego e infra-estrutura. Na posse dos 70 novos deputados estaduais, os manifestantes também exigiram a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a saúde estadual e em todos os 92 municípios do Estado do Rio.
Com faixas, cartazes e um carro de som, parte expressiva dos manifestantes que compareceram à porta da Alerj nessa terça-feira é da base de apoio à deputada estadual Janira Rocha, diretora licenciada do Sindsprev/RJ eleita em outubro de 2010. Além das cercas de metal, os trabalhadores foram impedidos de se aproximar das escadarias da Alerj por soldados do batalhão de choque da PM. “Para impedir a nossa entrada, alegaram que era uma posse para os parlamentares e que o espaço era restrito, o que é inaceitável para uma casa que se diz ‘do povo’. Vimos aqui para exigir moradia às famílias de Nova Sepetiba [zona oeste] e uma CPI da saúde para investigar desvios de verbas, responsabilizar os governos pelo sucateamento das unidades e fechamento de hospitais, como aconteceu com o Pedro II”, afirmou o diretor do Sindsprev/RJ Gilberto Custodio de Mesquita.
Mobilização popular
“É importante prestarmos atenção porque estamos num momento muito difícil para o país. Aqui no Rio a Alerj tentou aprovar a privatização da saúde através das fundações, o que não podemos aceitar. A população tem que sair às ruas e o mandato da companheira Janira deve estar  atrelado aos movimentos sindical, social e de trabalhadores informais das ruas do Rio”, completou o também diretor do Sindicato Julio Cesar Tavares.
Coordenador do Sindsprev Comunitário nos KMs 32 e 34, em Nova Iguaçu, Antonio Oliveira de Andrade protestou contra o que classificou de mentira. “Em 2010 muitos dos que estão tomando posse hoje estiveram nas comunidades pedindo voto, mas agora proíbem o povo de chegar até nas escadarias. Continuaremos cobrando o que é nosso, como o direito à saúde, à educação e uma solução para o desaparecimento de mais de 400 crianças no Estado do Rio nos últimos anos. Vamos cobrar mais empenho da nova legislatura. Com Janira temos certeza de que essa luta vai avançar mais, pois o mandato dela é nosso também”, disse.
Coronel da Policia Militar (PM), Paulo Ricardo Paúl protestava com um grupo de policiais, cobrando apoio dos novos deputados a um novo piso salarial da categoria, previsto na PEC 300, e a uma CPI para investigar e responsabilizar as autoridades governamentais pelas tragédias ocorridas nas recentes chuvas. “Todo ano é assim. Morre muita gente e ninguém é preso ou punido. Foi assim nas tragédias de Angra dos Reis, do Morro dos Prazeres, do Morro do Bumba e agora da região Serrana. As autoridades têm que responder por sua omissão”, explicou ele, enquanto distribuía panfletos com pedido de apoio à proposta.
Manifestantes que se revezavam no carro de som criticaram duramente o aumento de 62% que, em dezembro de 2010, os deputados federais deram a si próprios, medida que já está causando um efeito cascata em diversas assembleias legislativas e câmaras municipais país afora. Outra dura crítica foi dirigida ao governo Dilma (PT) por sua resistência em dar um aumento maior ao salário mínimo.
‘Queremos moradia, saúde e educação’


Servidor da educação no município e militante do Sindicato Estadual dos Profissionais em Educação (Sepe-RJ), Jalmir Gomes da Silva lembrou as reivindicações não atendidas da categoria. “Além de salários dignos, queremos o descongelamento do Plano de carreira dos servidores, que é lei mas não foi cumprido, o fim da terceirização e a abertura de concurso”.
“A saúde do povo do Rio e sobretudo da Zona Oeste está esquecida. Nosso povo está morrendo. O Hospital Rocha Faria já não agüenta mais. Exigimos medidas urgentes dos novos deputados. Queremos moradia, saúde e educação. É isso o que queremos”, falou a diretora do Sindsprev/RJ e servidora da saúde estadual, Clara Fonseca, que criticou a instalação, na Alerj, de um posto para recolher doações às vítimas das chuvas na região serrana. “É uma farsa montar posto de doação porque a Alerj tem dinheiro para enviar doações por conta própria e, se quisesse ajudar de verdade, já teria feito”.
Participaram da manifestação em frente à Alerj moradores de Nova Sepetiba, dos KMs 32 e 34 (Nova Iguaçu), Vila Aliança e Morro do Estado (Niterói). Entre as entidades presentes, além do Sindsprev/RJ, enviaram representantes o Sepe-RJ, Conlutas – CSP, PSOL e PSTU. 


TEXTO:SINDSPREV

Um comentário:

  1. Assunto: CAMPANHA ASSEDIO MORAL 2011

    HOLA AMIGOS SOU ENFERMEIRA ESTATUTARIA E EFETUEI ONLINE UMA PETIÇAO EM QUE COLETO ASSINATURAS PARA ENTREGAR A TDS ORGANIZAÇÕES EM DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS TRABALHISTAS E UNIVERSAIS.VARIAS DENUNCIAS FORAM FEITAS E HOUVE NECESSIDADE DE UMA AÇÃO MAIS ESPECIFICA SOBRE O TEMA.
    ESTE E UM ASSUNTO MTO SERIO E SE CADA UM ASSINAR ESTAR AJUDANDO MUITA GENTE

    http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=P2011N7457

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